25 de fevereiro de 2019

LEUCEMIA




O que é leucemia?


 A leucemia é um câncer que acomete as células sanguíneas que  conhecemos como glóbulos brancos ou leucócitos, que são células importantíssimas para o sistema imunológico. Eles protegem seu corpo da invasão de microrganismos, bem como de células anormais e outras substâncias estranhas. Nesta doença, os precursores dos leucócitos perdem sua função normal e se dividem de forma desenfreada, causando eventualmente a expulsão das células normais e dificultando a produção de outros componentes e células, como hemácias e plaquetas.
 A produção dessas células ocorre quase que totalmente na medula óssea, no entanto, também podem ser produzidos nos gânglios linfáticos, no baço e no timo.

Causas


 As causas da leucemia não são conhecidas, porém, há vários fatores de risco. Esses incluem:
- Histórico familiar de casos
- Tabagismo
- Tratamento prévio para câncer com quimioterapia ou radioterapia
- Exposição a altos níveis de radiação
- Exposição a produtos químicos como o benzeno
- Doenças genéticas, como síndrome de Down
- Doenças do sangue, como a síndrome mielodisplásica, que às vezes é chamada de “pré-leucemia”

 O início da leucemia pode ser lento ou súbito, sendo denominada de crônica ou aguda, respectivamente. Na leucemia aguda, as células cancerosas se multiplicam rapidamente, podendo apresentar vários sintomas. Já na forma crônica a leucemia se desenvolve de forma lenta,  podendo ser até mesmo assintomática por um tempo considerável.
 A leucemia também é classificada de acordo com o tipo de células afetadas. A leucemia envolvendo células mielóides (células sanguíneas imaturas que normalmente se transformam em granulócitos ou monócitos) é chamada de leucemia mielogênica. Já a leucemia que envolve linfócitos é denominada de leucemia linfocítica.

Sintomas


 Os sintomas mais comuns são:
- Sudorese excessiva (principalmente a noite)
- Inchaço nos linfonodos (especialmente no pescoço e nas axilas)
- Perda de peso
- Cansaço e fraqueza recorrentes
- Dores nos ossos
- Aumento do fígado e/ou baço
- Petéquias (manchas vermelhas na pele)
- Sangramentos (devido a baixa na produção de plaquetas) 
- Febre ou calafrios
- Infecções frequentes


Diagnóstico


 O diagnóstico é iniciado na análise dos sintomas e fatores de risco pelo médico. De acordo com os resultados dessa primeira avaliação, caso os sintomas e fatores de risco indiquem a um quadro de leucemia, exames mais sensíveis devem ser solicitados e realizados imediatamente,  sendo de grande valia a história completa e efetuação de um exame físico. No entanto, isso ainda não é o suficiente para confirmar um caso de leucemia, sendo necessário exames mais específicos, como exame de sangue e testes com amostra de medula óssea do paciente.


Tratamento


 O tratamento varia em cada caso, pois há fatores importantes que influem no prognóstico, como por exemplo o tipo de células afetadas, o estágio de progressão da doença, a idade do paciente, o número de células afetadas e o tipo de leucemia.
 A quimioterapia e a radioterapia são os tratamentos mais utilizados atualmente, visto que um dos objetivos é eliminar as células defeituosas. No entanto, muitas vezes essas terapias podem ser mais prejudiciais do que beneficiadoras ao paciente, não sendo indicadas para pacientes idosos por exemplo,  tornando-se assim importante avaliar o custo benefício e também a possibilidade um outro tipo de tratamento.
 Uma outra forma de terapia que vem ganhando espaço no cenário do tratamento da leucemia é a imunoterapia, que consiste no estimulo do sistema imunológico do paciente através de fármacos ou anticorpos monoclonais, visando combater as células cancerosas ou diminuir o crescimento delas.
 Outra possibilidade é o transplante de medula óssea, que pode levar a cura total. No entanto, o risco é alto e as chances de encontrar um doador compatível é muito baixa, sendo portanto pouco utilizado em relação as outras formas de tratamento, devido a essas e outras circunstâncias.

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